quinta-feira, 31 de março de 2016


De vez em quando eu me deparo com essas tantas interrogações. Perguntas que puxam outras e sempre voltam para os porquê's. De fato eu não sei, eu não sei! Eu senti. A senti dentro de mim de uma forma que inexplicável. Ela parecia invadir tudo aqui dentro, ela se criou no meu peito e refez minha concepção sobre esse tal amor, de forma admirável. Uma vez me falaram que amor é como uma borboleta que pousa e fica. É mesmo, se correr ela assusta e foge. Mas eu era jardim seco, daqueles que todo mundo pisa, eu era uma flor sem vida dessas que arrancam as pétalas e deixam lá.
Fria, desacreditada, com medo da vida e das controvérsias dos homens. Me dizendo tantas vezes que não deveria ser dessa raça. E ela passou por aí voando como essas tantas feministas adeptas ao amor livre, que em cada jardim pousa numa flor. E tantas tão mais belas! Pensava eu. Ela juntou as pétalas caídas, adubou a terra, cuidou da flor. Me levou pra casa, me deu abrigo em seus braços. Eu fugi muitas vezes, por medo. Eu não aprendi a levar essas relações abertas, sempre sonhei em viver oque vem depois de uma noite, do café da manhã. Mas ela me queria de todo jeito, insistentemente. Mas porquê?
Eu nem sei, quando me vi já queria ela todos os dias, tudo muito recíproco. O beijo dela, o abraço, o sorriso,o desejo (único). Oque é isso? Esses sonhos, de andar na rua de mão dadas com ela, de tudo encaixar ela. Essa vida com cheiro de esperança, esses calafrios. Essa vontade louca de me entregar.
A agonia, o medo, insegurança. Foi embora! Porquê? Por causa dela, porque ela é próprio (afro) amor. E eu não sei explicar amor. Sei senti-lo.


Prethaís

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quarta-feira, 30 de março de 2016


Era tarde da noite de uma quarta-feira, enquanto tirava umas canções no violão o telefone tocou. Número desconhecido.
- Acho que ficaram alguns assuntos pendentes aqui. - houve uma pausa - Nós precisamos conversar. Posso te encontrar?
Era Isabela, o meu primeiro amor. Eu nunca sabia o que esperar quando ela telefonava ou dizia querer me encontrar.
Relutante , respondi - Conversar sobre o que, Isabela?
- Prefiro falar sobre isso pessoalmente, Mateus.
- Ok, almoço no restaurante de sempre?
- Sim,  até amanhã. E obrigada.
Passei a noite pensando sobre o que poderia significar aquela ligação. Sempre foi tão difícil entender as intenções dela. E agora depois de oito anos sem contato... Não é possível que ela finalmente sentiu a minha falta. Não pode ser. Todos esses anos estive aqui, sentindo seu cheiro pela rua, ouvindo sua voz em meio as minhas canções. Sonhando com ela a cada dia. E ela nunca voltou. Ela nunca deu um sinal de que voltaria. Não conseguia entender.

Me aproximei do restaurante, do lado de fora pude avistá-la, sentada a mesa em que a pedi em namoro pela terceira vez, usando uma camisa jeans e allstar branco no pé. Lá estava ela. Lá estava a menina que eu tanto amei, no corpo de uma mulher.
 Naquele instante não pude me mover, fitei-a por um longo período, não conseguia sentir minhas pernas, não conseguia me mover. Até que ela me avisou e acenou para que eu entrasse. Não sei como, mas de repente, estava ali, parado a sua frente.
- Mateus, uau, como você está bonito! Dizia isso com uma ternura, de forma tão leve, que nem sequer parecia que haviam oito anos entre aquele encontro. - Não vai sentar? - Deu um sorriso escandalosamente lindo.
Sentei e não pude esperar, tive que ser direto.
- O que quer , Isa?
- Conversar - (de novo sorrindo)
- O que temos pra conversar depois de todos esses anos? - não conseguia olha-la nos olhos, tinha medo de que perceberia a minha agonia.
- Você sempre tão apressado e impaciente. - longa pausa e respiração profunda - Eu vim porque estou indo embora, vou me casar e ...
Ela não dizia mais nada. Que agonia! Por que eu preciso saber disso? Ela já me deixou anos atrás.
Percebeu que eu ainda esperava uma explicação e disse pausadamente:
- Eu vou me casar e eu precisava saber se você ainda me ama. Porque se houver uma chance de que possamos ficar juntos não conseguiria jamais me casar com outro homem. Não poderia...
A interrompi antes que terminasse.
- O que você quer , Isabela?
- Uma resposta.
- Até onde me lembro, você foi embora, você decidiu que não me queria mais na sua vida. Eu segui em frente. (Virei o rosto pra que não notasse em meus olhos a mentira)
Ela tocou a minha mão e de repente o toque da sua pele não me lembrava mais nada.
- Vamos sair daqui? - disse já levantando-se.
- Vamos.
Achei que seria melhor evitar um local público, para que pudéssemos conversar ou discutir abertamente. A levei para minha casa. Assim que entramos ela me abraçou. O seu cheiro não era mais o mesmo.
- Você trocou o shampoo...
- É claro que troquei. Fazem oito anos.
- oito anos. - repeti entredentes.
- O que você quer, Isabela?
Me abraçou novamente e tentou me beijar, segurei seu corpo longe do meu por um instante, até que todas aquelas memórias vieram. Algo dentro de mim dizia "é ela, é sua Isabela. Beije-a". Mas eu a olhava e só via uma estranha. Ela ria, e eu via fragmentos da minha Isabela, a menina que tanto amei em um rosto novo.
 Então tomei-a em meus braços e beijei-lhe com toda a intensidade que deveria ter um beijo apaixonado. Entretanto, a paixão não estava presente. Fizemos sexo como nunca antes, mas, no fim, ao deitar em meus braços eu senti que não deveria está ali.
- Você deve se casar.
Podia senti-la corar ao interpretar as  minhas palavras.
 Levantou-se, enquanto juntava suas coisas disse como se não se importasse com a minha resposta.
- Vou me casar. Preciso ir. Fique bem.
Me beijou o rosto e saiu pela porta, enquanto a minha liberdade entrava.
Finalmente estava livre daquela história.
Depois de oito anos.
- oito anos. - Murmurei enquanto a observava sair.

- Luíza Moura

Posted on 00:32:00 by Luiza

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terça-feira, 29 de março de 2016


Lembranças de um momento.

Te vi ali sentada com algumas pessoas, sentei ao teu lado, não por acaso. Queria sentir teu cheiro e teu calor, mesmo que só por estar ao lado. Só por seu sorriso e sorriso singelo e aquele teu olhar, tão calmo e revolto. As conversas foram e voltaram, disse então que era poeta e escrevia poemas mais quentes. Pediu me olhando sinceramente que a declamasse algum, o fiz. Mostrei uns contos e ficou visivelmente atiçada com as palavras. Disse que a minha voz tinha algo a mais, que ela a colocava na situação. Pedi um colo e aceitas sem objeção... Me vi ali, entre o pecado e a beleza. Tuas coxas tão quentes mesmo ali naquele chão gelado, naquela noite fria. Seu corpo estava sim, muito quente. Te mostrei outro conto e enquanto lias, acariciava-lhe das panturrilhas fortes até as coxas grossas. Ora apertava, ora ia até embaixo do short branco. Tomava cuidado para que as outras pessoas não percebessem. E a cada toque ficava mais excitado e era possível sentir teu corpo parar e pulsar quando o toque era mais íntimo, mais cálido e forte. Sua mão em meu peito apertava e mordia os lábios com timidez. Coisas simples que te deixam mais linda e insanamente por cada gesto simples teu me apaixonava mais perdidamente. Te beijo as coxas, vagarosamente. Teus dedos tímidos e afoitos percorrem meu cabelo e eu entendo que quer tanto quanto eu. Decido ser mais ousado ao ir com a mão por debaixo do short até a calcinha. Sinto um beliscão. Nada que me impeça continuar ali. Esqueço completamente das pessoas que estão ali também. Mas no mesmo instante elas procuram seus quartos e nós ficamos ali. Você ainda lendo meu conto que fala de algo parecido. De um cara deitado no colo da amada, atiçando teu corpo. Minha vontade é a mesma do conto, de lhe beijar primeiramente o que está escondido por debaixo de tão pouca peça de roupa. Sem perceber já estou a lhe beijar ferozmente a boca, e lhe tocar por cima da roupa os seios e a boceta. Que a essa altura está tão molhada quando nossos beijos. De repente, para. Me olha com olhar sincero e diz que tem namorado e que ainda gosta dele. Retruco perguntando se gosta mesmo, e acena a cabeça dizendo que sim. Me lembro alguém que se foi. E percebo a perdição que estamos, mas lhe beijo o rosto e a olho sinceramente. Teu beijo me encontra vorazmente e tua mão me puxa pra perto por entre as pernas. E por entre teus cabelos de índia eu me perco ali no pescoço, nas clavículas, lábios já borrados do batom azul. E essas pausas nos beijos em que a gente sorri olhando um no olho do outro. Me deixa fogo aceso nas alturas. E a cada beijo demorado e insano nos movimentamos um no no outro, sua mão já está na minha bunda e a outra nas costas e as minhas na sua bunda redonda... Ali naquele chão frio estamos os dois na madrugada e jogados na parede. Quando nos vimos estamos os dois, jogados literalmente ao chão. o medo de nos pegarem ali aumenta a tensão e o tesão. Minhas costas já estão aranhadas e a camisa já me tirou. Lhe beijo o queixo e desço até os seios perfeitos, nem tão grandes e nem pequenos. Que cabem na boca. E a tentação de lhe masturbar eu sacio e entro por entre a calcinha ensopada e sua vulva quente. Teu corpo sucumbi ao prazer e relaxa. Percorro os dois dedos ali na vulva, até gemer baixinho no meu ouvido, até morder minhas orelhas. E coloco um dedo e sua boca me morde e chupa o pescoço, queria gritar de prazer mas não pode. Seu olhar me diz quer mais e eu também quero, coloco mais um na umidade das tua paredes me perco, tua mão segura a minha. Sinal que fala que estou no caminho certo. Continuo e sinto o gozo em meus dedos e lhe beijo intensamente... Impossível conter alguns gemidos. Mas contém. E as suas pernas vão tremendo e me enlouquecendo. Tiro meus dedos e provo junto a te a beleza e o gosto que tens. Me beija e vem pra cima de mim, Movimentando em cima dele já ereto, Sua bunda é tão gostosa que o instinto me faz lhe apalpar e entrar debaixo do short, tão quente. Faço ali movimentos circulares. Você senta e olha pro teto, Fecha os olhos e abre a boca. Coração acelera. É insano, ali naquele lugar. Cada mínimo barulho nos coloca atentos. Nos levantamos e despedimos, tem gente nos nossos quartos. Não seria prudente. Mas ver a tua bunda indo com o short colado não me dá outra opção, lhe puxo e a jogo na parede. Puxo tuas pernas até meu quadril e se agarra em mim. Me fala baixinho: me fode vai, por favor! Encontro espaço em teu short pra entrar, penetro a cabeça e geme baixinho me atiçando ainda mais. Penetro inteiro e fica ofegante e continuo, continuo. Encontro meio de lhe tocar o clitóris já bastante aceso. Bastante excitada. Só fecha os olhos e me abraça, já sinto o gozo no entra e sai... Toco atrás e sinto um piscar crescente, penetro ali um dedo. E tua cabeça vai até a parede. Vejo os olhos revirarem. Sinto teus músculos contraírem, tuas mãos abrem e fecham. Goza. Loucamente... E eu quero também. Mas pede pra que seja na boca dela. Ah, como quero. Tiro e ela ajoelha ali, no corredor. Me chupa, me coloca inteiro na boca, passa a língua na cabeça e chupa. Me enlouquece mais. Gozo. E ela continua... Termina, se levanta. Me beija. Limpa a boca, e entra no quarto descabelada. Mas, sentindo que está pisando nas nuvens. E eu volto pro meu quarto. O dia clareia minha janela, mas já são doze horas. Saio e procuro, está almoçando. Complicado não poder falar, mas os olhos delas dizem ao sorrir com os novos amigos. Se levanta e vem guardar o prato, passa por mim e me abraça dizendo um: oi, ontem foi tão bom, obrigado! Digo também: só me arrependo de não ter te chupado, vai no meu quarto mais tarde. Se vai, sorrindo.

Maluco Sonhador
Sheyden Souza

Posted on 01:20:00 by Unknown

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segunda-feira, 28 de março de 2016

- Eu não sei lidar com a sua bagunça.
- E nem eu com a sua perfeição.
- Que saco, nada mais está no lugar.
- Como assim nada?
- Nem os nossos sentimentos.
- Diz por você, os meus continua aqui.
- Pois é, está ai e não chega até aqui.

Como se não bastasse todas as dúvidas, todos os problemas, ainda tenho que enfrentar a falta de sentimento e essa bagunça danada que deixa toda vez que chega ou vai, não preciso de bagunças tão intensas, que eu não consiga lidar.


- Pode organizar suas coisas e partir.
- Precisa ser assim?
-Não sei lidar com a sua bagunça.
- Me organiza.
- Não da.
- Porque?
- Você sabe que no fundo, não é isso que você deseja.

Não precisava dessas bagunças e muito menos dessa duvida, virei as costas e deixei que pegasse tudo que lhe pertencia, precisava organizar minha vida e para isso precisava deixar partir e assim eu fiz.

- Vou sair, deixa a chave embaixo do tapete quando partir.
- Não quer se despedir?
-Já fiz.
- Se cuida.
- Você também e não bagunça mais nada por favor.


Fonte: https://editalcafe.wordpress.com/

Posted on 11:00:00 by Andressa Leal

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sexta-feira, 25 de março de 2016

Eu não quis ir rever a galera daqueles tempos, revê-los seria relembrar de momentos da escola e isso seria o mesmo que lembrar de ti. Mas fui, afinal, que saudades eu tava daquela galera, do futebol, das conversas, das zueiras, de tudo... Volta e meia sempre falávamos da hora do almoço. Aquela que a gente passava mais tempo perto, juntinhos. Era sempre eu e os meus amigos, e você e suas amigas. Aquele lugar ali debaixo do pé de abacate onde a gente só queria ficar falando de qualquer coisa. De qualquer coisa a gente ria. De qualquer coisa também eu te fazia raiva, pra poder te ver morder os lábios, pisar forte várias vezes seguidas com um pé só no chão, fechar fortemente os olhos e cerrar a testa, era a coisa mais linda que podia ver e dizer aquele "idiota", ficava tão sexy. Desculpe não fazia por mal. Às vezes a gente voltava a falar rápido, ficávamos abraçados e sempre tinha um que falava: nossa, vocês ficam tão bonitinhos juntos. Às vezes eram dias sem nos falar. A angústia me corroía nesses dias. Era como se andasse sem metade de mim, de fato andava. Daí eu sempre escrevia uns subnick's do msn apaixonados pra ti. Cê nem sabia, acho que não tinha msn ou não me tinha mesmo. O mais interessante que meus amigos sempre me pediam uma frase e tinham mais sucesso do que eu que as criei, mas tudo bem... Mais interessante que só o fato de alguma forma a gente voltar a se falar depois de dias sem olhar um no outro, tão gradual e natural. Era como se, um dissesse pro outro que não suportava passar alguns minutos sem o outro e isso sem dizer uma palavra. Eram tão bons seus abraços. Seu cheiro que ficava na blusa. A gente se conhecia tão profundamente que poderíamos passar vários intervalos sem falar um artigo sequer que nos sentíamos bem. Lembrei disso tudo quando entrei naquela festa. Olhei a feição de cada um dos amigos de como tinham todos mudado, uns mais sérios que antes, outros mais felizes que antes. Uns amando um amor que começou na sala. Observei eles dois lá, se amando. Ora ele com ciúmes, ora ela com ciúmes. Ora dançando juntos. E eu observava o amor neles. Um amor que durou tanto calado em cada um. E o quanto ainda dura. Era inegável pensar em nós. Se também esse amor durou em nós, ou já morreu, ou se foi só fantasia minha. Vez ou outra eu sorria de canto de boca e abaixava a cabeça pra ninguém perceber que estava rindo feito besta por chegar a conclusão que ainda não morreu e nunca foi fantasia. E eu só abaixo a cabeça porque vou ter de reaprender a viver isso sem compartilhar contigo. Não tem sido fácil. Meu primeiro e último pensamento ainda é em você. Mas levanto a cabeça e o corpo, danço com meus amigos e por alguns minutos eu me sinto imensamente bem por gostar tanto assim de alguém. Mas ninguém precisa saber que eu estou um pouco triste por não estar contigo. Mas imensamente feliz por ver com meus olhos que ainda é possível acreditar que um sentimento dure tanto tempo... Agora aqui, eu aperto o play numa música que sempre me lembra teus calorosos e intensos abraços. Amei te ver...

Maluco Sonhador
Sheyden Souza

Posted on 03:26:00 by Unknown

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quinta-feira, 24 de março de 2016




Eu continuo te sonhando aqui. Cada sonho parece mais real que o anterior. E em todos eu posso sentir o teu toque, teu calor, teus cabelos encaracolados em meu peito, suado, após fazer amor. E a quanto tempo não me sentia tão satisfeito com o sexo.
A verdade é que tenho uma mulher linda, dedicada e que faz de tudo por nosso casamento. Eu também tento fazer de tudo. Sabe como sou, seria impossível me casar com alguém sem dar o máximo de mim.
 Por mais que eu tente, ela não me satisfaz como você. Na cama e muito menos na vida. Ela não me inspira e não me faz transpirar poesia como você sempre fez.
Os cabelos chocolates de caimento perfeitamente liso nunca serão tão atraentes quantos os teus cachos dourados emoldurando teu rosto de traços finos.
Por mais talentosa que ela seja, nunca terá tanta classe ao cozinhar ou queimar uma panela como você.
E eu nunca poderei ver a evolução dela enquanto ser humano como vejo a sua. Porque já a encontrei completa. Mas você não.
Você era uma construção de todos os dias. Era o calor debaixo do edredon nos dias de inverno. Era a adolescente em fase de transição. A menina tornando-se mulher. Não a que usa salto e batom vermelho. Mas a de caráter e bem decidida. Lutei tanto por essas mudanças e me despedi antes de vê-la começar. Te plantei e reguei por tanto tempo, mas abandonei-lhe no momento de florescer.
E, veja bem, meu bem, você floresceu. Com esses espinhos que não me deixaram reaproximar.
Tentei por tantas vezes. Mas você não abriu uma brecha, não me deixou mostrar que eu estava aqui e dessa vez era pra valer.
  Não te culpo por não acreditar. Me despedi tantas vezes, entendo você não querer passar por mais um adeus. Mas não era pra ser adeus. Não dessa vez. Era pra ser você deitada nos meus braços, como no sonho. Invés disso, é ela. Enquanto isso, continuo te sonhando aqui. Perguntando-me se deveria procurá-la.


- Luiza Moura

Posted on 22:11:00 by Luiza

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quarta-feira, 23 de março de 2016

créditos na imagem
A chuva vem e acaba
Com a luz que havia
Com a energia da cidade
E devasta sobre tudo
E faz explodir em teus seios
Como a represa de Mariana
Todos os anseios
Todas a culpas
Toda a sede
Toda a fome
De ser
Exaure ao máximo
Seu pequeno coração
Você se vê sozinha
Com seus próprios monstros
E seus mais belos bichinhos de pelúcia
Mas são os sonhos não vividos
Que lhe afligem
É capaz de por isso
Sentir no rosto as lágrimas rolarem
E são tão amargas
E solitárias
Uma a uma você vê cair no chão
E fazerem suas majestrais explosões
Assim como a chuva tempestiva
Que faz lá fora
Você é capaz de chover também
Sente tudo o que sempre fugiu
Tudo que é o que queria ser
Tudo que tem necessidade de ser
Você sente a falta de alguém que se foi
Mas se vê arduamente sozinha
E deixa o sentimento lhe tomar
Aquele de querer ser criança
E ter uma razão justificável pra chorar
Porque todos os seus amigos e amigas
Estão em suas casas
Sem poder brincar
E como tal você odeia a chuva
Odeia cada pingo
Odeia tudo que te faz ser você
Porque anda ocupada demais em ser
Tudo o que querem que seja
Tem de ser a melhor da turma
Tem de ser a melhor do trabalho
Tem de ser a melhor amiga
Aquela que está disposta sempre
Que dá conselhos sempre
E vê todos eles não surtirem efeito
E você só quer um abraço nessa chuva
E tudo que a chuva traz é solidão.
E tudo o que queria fazer agora
Era pular feito menina
Numa poça de água na rua
Ou entrar debaixo de uma bica na rua
E deixar a chuva levar tudo
Mas não faz
Tem a sinusite né?!
E vai acabar sujando demais a roupa
E têm essas coisas sabe
De não conseguir completamente
Você
E quer saber
Eu sei que gosta mais dos dias ensolarados
Cheios de nuvens e clima ameno
Mas faz assim
Olhe pra si
Diante a todo essa imensidão
Que é tudo o que deseja
Olhe internamente
Perceba-se a mulher que se tornou
E diga foda-se
Vaaai
Solta da garganta
Essa voz trancada no peito
E grita
O mais alto que puder
Tudo
De uma só vez
E faça o quiser
Só não esqueça de ser o que é
O que sempre foi
Deixe toda essa gente pra lá
Elas não reconhecem o quão grande é seu sonho
Esse de ser exatamente o que é...
Uma mulher. Sem mais.
E saiba
Que a chuva pode acabar com tudo
Se não houver cuidados
Ser devastadora
Mas é dela que se surge a vida...

Posted on 20:37:00 by Unknown

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segunda-feira, 14 de março de 2016






Um bom som rodando
nos lençóis se enrolando
corpos intensamente se tocando.
Gemidos e suor provocando
sussurros que insanamente vão delirando...
As mentes como os corpos se conectando
e a poesia das nossas bocas se beijando
com o mundo lentamente rodando
com a intensidade de nossos olhos se olhando
e os teus pouco a pouco vão se revirando
e eu sigo tentando
entender...
Por quê eu?


Maluco Sonhador

Posted on 14:31:00 by Unknown

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sábado, 12 de março de 2016



Tru tru tru


- Oiii!


- Tô ligando pra dizer que cê esqueceu a calcinha...


- Mas eu vim de calcinha ontem.


- Verdade, mas deveria...


- Hã?! Como assim? Cê é do tipo que coleciona?


- Não nada a ver... É que, cê deveria ter esquecido isso. Mas deixou além do seu cheiro aqui no meu quarto, esqueceu isso de sentimento. De querer ter acordado ao teu lado e poder sorrir sem forçar.


- Entendo... Cê também podia ter me deixado apenas com o prazer, mas acordei com vontade do teu toque e de você sem short, da sua barba me fazendo loucuras aqui embaixo e acelerando as batidas... Sabe, eu fui embora, mas se você tivesse dito pra ficar. Eu ficava.


- Então volta. Ainda dá tempo pra um café quente e de fazer poesias no teu corpo. Sabe, aquilo de voar sem sair do chão?!


- Sei, tô indo. Nego, quer que eu passe no mercado e leve alguma coisa?


- Traga, traga só teu corpo e tua presença. (risos tímidos do outro lado da linha) Tô te esperando, a porta tá aberta. É só entrar.


- Entrar? Quem tem de entrar é você... (uma pena ela não poder ver o sorriso no meu rosto)


- Entro... Não esquece a calcinha ou esquece.


-Besta tô indo.


Antes que eu possa me despedir ela desliga a ligação. Posso até fazer o trajeto dela, tudo que vai fazer. Se vai colocar ou não a calcinha se vem de vestido, de saia, de short, de camisola. Se vai lembrar dos documentos do carro. Se vai parar pra abastecer. Se vai trazer vinho ou tequila. Ou se vai apenas sair do jeito que está e sem pausa vai vir correndo pra me ter. Enquanto espero e crio suposições tomo um, dois, três cafés. Ando pela casa, ainda encontro vestígios da noite passada. Um vaso de plantas quebrado, sofá fora do lugar, lençol da cama na sala e encontro um fio do seus cachos no colchão pelado. Relembro da minha mão na sua nuca e da minha boca na sua vulva. Lembro dos gemidos, dos arranhões, das mordidas no travesseiro ao gozar. E daquele beijo gozado, melado, suado e ofegante. E nada de você chegar. Logo penso que foi besteira ligar. Que foi infantil, foi só a segunda vez que nos encontramos e já fui logo falar de sentimentos. Deveria ter esperado mais alguns dias. Onde já se viu ligar às seis horas da manhã pra falar algo tão besta sobre calcinha? Deve estar rindo com alguma amiga agora. Ligo o rádio pra amenizar a tensão e a ansiedade. Parece perseguição, na estação toca Nina Simone. Aquela música que tocava quando lhe tirei da cama e lhe prensei na parede. Não costumo fumar sem beber algo, mas acho o último da noite passada. Acendo e deixo você me povoar a mente de novo. Lembro do teu olhar e das mãos no meu cabelo ao lhe penetrar avidamente e do pescoço alongar, da boca abrir sem emitir nenhum som e já estamos na sala, já quebramos o vaso de plantas, o lençol já está molhado quando toca Marvin gaye na estação. E o pensamento lá, te chupando loucamente e intensamente de novo na sala. Teus músculos contraem, tua boca treme... A música acaba, lembro da despedida. O olhar no relógio e dizer: amanhã trabalho cedo, tchau. Nem esperou eu dizer que ainda tinha um vinho. Segurou meu queixo e foi embora. Nem se quer fechou a porta. A música acaba e o program também. Estranho tocarem essas música logo pela manhã, pensei. Começa outro programa, só brasileiras. Marisa Monte é claro, pra aumentar a crueza dessa rádio. Coração bate descompassado. Tento até desligar. Mas deixo, é bom sentir. E no verso: você tem apenas meia hora. Desejo que entre pela porta e...


- Eu tenho que estar até oito horas no trabalho.


Sem cerimônia já vai tirando a calcinha, estava de vestido colorido com um corte até o joelho. Dá pra ver que estava bastante excitada, bicos dos seios pontados no vestido. E ela também que estava bastante excitado e fez tudo com um olhar fixo. Aumentando ainda mais o tesão. Ainda boquiaberto ela vem sobe o vestido e se encaixa. Fala no meu ouvido, "hummm, tava assistindo vídeo pornô né?!"... Digo que não com a cabeça. Ela rebola a boceta já molhada por cima de mim ainda de cueca samba canção. Consigo soltar o laço do vestido enquanto a beijo o pescoço, tiro a parte que tapa os seios. Sinto suas mãos segurarem minha cabeça. Me puxam até seus seios. E exige ao ouvido que lhe foda agora. Ela sabe que não sou de obedecer. Não mesmo, mas não dá pra recusar. Mas antes da exigência ser satisfeita. Tenho meus próprios desejos. Passo dois dedos por entre seus lábios encharcados e apenas um por trás, e os penetro. Me aperta ainda mais em teus seios.


- Você e esse seu desejo aí por trás. Hoje eu deixo. Aiii, (antes de completar a frase lhe penetro inteiro na boceta) porque tá gostoso! Aii, cachorro!


Me morde a orelha, o pescoço, arranha e cavalga ao encontro... Olho fixamente em seus olhos castanhos enquanto tiro meu dedo de lá, apalpo com as duas mão sua bunda. E penetro um dedo de cada mão. E sua cabeça repousa no meu ombro com um gemido só. Desce e sobe insanamente até estar saciada mas mais desejosa que antes da minha língua, coloca as mãos nos pés e vira a bunda pra mim. Quer, a deixo desejar mais que tudo. A olho ali, aberta pra mim. O vestido caindo. Tudo pingando. Me ajoelho ali mesmo. E chupo tudo. Sete e quarenta ela diz.


- Tenho que ir meu nego.


- Não vai tomar um banho?


- Não dá tempo. (se limpa e realoca o vestido, pede pra fazer o nó do laço, faço) Já vou.


Já está fechando a porta.


- Ei, a calcinha!


- Não dá pra usar calcinha assim do jeito que me deixou. É desconfortável.


A porta se fecha e mais uma vez se vai sem acabar com o vinho. Mas acabando comigo. Deixando aquela calcinha ali. Fio dental, molhado, encharcado com teu cheiro. Aprecio o cheiro que deixou no local. Pego minha câmera e fotografo sala do jeito que está. Com alguns lugares sujos, tudo bagunçado, sua calcinha ali, próxima a porta. Alguns lugares molhados, um lugar no sofá denunciando que nossos corpos se atracaram. Fotografia de momento feita. Pego sua calcinha e não sei coloco pra lavar ou deixo como está, pra sempre me lembrar. Deixar como está é melhor. Seu cheiro é gostoso. Percebo que esse jogo está ficando sério, e eu gosto de jogá-lo.


Jamais jogo pra perder.


Maluco Sonhador.


Sheyden Souza.



Posted on 10:18:00 by Unknown

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quarta-feira, 2 de março de 2016

gif do filme: Amizade Colorida
Dicas: coloque um som excitante que gosta!

Deixemos a batida excitante do som nos levar, nos tocar, nos beijar embaixo do teu edredom no teu quarto pintado de rosa. Cê me tira a blusa e me tira do sério com teus lábios e língua a trafegarem pelo meu corpo com calma sem pressa. O som determina nossos comandos. Seguro teus cabelos, te puxo prum beijo e te encaixo em mim, te viro e movimento meu corpo por do teu como uma dança sensual.Te arranco suspiros e te tiro eixo ao tocar teus seios com a boca. Se sente quente e se derrete vagarosamente na minha mão por dentro da sua calça branca. E aperta as mãos como quando fica louca de raiva, mas agora é de tesão e suspira tentando ainda se segurar. Fecha os olhos e se contorce.  Sobe e desce, pra um lado e pro outro, pra cima e pra baixo na cama. Te beijo intensamente, puxando teus longos cabelos e te tocando. "Ahh, amor! Aii, que gostoso!" E pega forte na minha mão e geme e suspira esticando as pontas dos pés. Me olha implorando pra que lhe tire a calça e tiro, deixo a calcinha, gosto da sensação de poder colocá-la pro lado.  Mas antes ainda com minha calça lhe toco  com meu sexo num movimento que você rebola sua bunda e então seu sutiã desabotoo e tiro enquanto te beijo. Beijo o pescoço e vou descendo, chupo seus mamilos eriçados e coloco meus dedos molhados de gozo na tua boca bem desenhada e você chupa, me excito mais. Desço com língua até o umbigo, paro, olho teu olhar de ninfa. Que queima intensamente querendo que enfim eu chegue no mar de prazer... Volto à estrada e chego ao ponto, coloco sua calcinha preta pro lado e passo a língua de baixo pra cima pela vulva, chupo os lábios, sugo o grelo molhado. E sei que to caminho certo quando tuas pernas me prendem. E não paro. E vem um e se retorce e contorce. Dois me arranca alguns fios de cabelo. Continuo sem cessar. Terceira arranha a nuca, me trava nas pernas e suspende o corpo e geme o mais alto que pode... Louca, com a voz rouca mas ainda aguda me diz que nunca sentiu algo assim. Nunca tinha chegado nas estrelas, caminhado nas nuvens e pouco menos sentido a brisa do mar deitada numa cama em pleno centro oeste.

Maluco Sonhador
Sheyden Souza.

Posted on 22:04:00 by Unknown

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